Learning card
Por detrás das notícias falsas
Esta atividade pretende envolver os participantes em atividades pensadas para: promover a reflexão dos alunos acerca da forma como se informam; estimular uma compreensão crítica sobre o modo como as mensagens mediáticas são produzidas e difundidas, dando uma atenção especial às notícias falsas.
- Notícias
- Redes Sociais
IDEOLOGIA E ÉTICA
- Avaliar e refletir
- Língua
- Aulas de compensação
- Competências profissionais
- Ética e religião
- Ciências naturais
- Ciências sociais
- Tecnologia
- Inglês
- Espanhol
- Italiano
- Português
Estrutura
- 14-16
- 17-18
- Caneta, lápis, papel
- Post-it
- Bostik
- Coloured paperboards
- Cartolinas coloridas
- Versão impressa da infografia “How to spot fake news” (disponível aqui: https://www.ifla.org/publications/node/11174) e das Five Key Questions do Center for Media Literacy (disponíveis aqui: http://www.medialit.org/sites/default/files/14A_CCKQposter.pdf
- Computador (opcional: para mostrar os documentos anteriores num Power Point)
Process
- Porque é importante estar informado?
- Porque podem notícias sobre o mesmo assunto ser apresentadas de forma diferente?
- Que tipos de notícias falsas existem/que motivações estão na sua origem?
- Que dicas devem ter em mente para evitar serem enganados por notícias falsas?
A atividade inicia-se com um desafio que facilita o envolvimento dos alunos com o tema da aula – o modo como se informam e os fatores que devem ter em mente ao longo desse processo.
O professor pede aos alunos que observem as quarto cartolinas previamente colocadas nas paredes da sala de aula. Em cada uma há uma frase diferente para completar:
1) “Os media e as fontes de informação através das quais eu me informo são…”; 2) “Hoje eu li/ouvi/vi notícias sobre os seguintes assuntos…”; 3) “O que mais me interessa nas notícias é…”; 4) “É importante estarmos informados sobre o que se passa no mundo porque…”.
Os alunos devem pegar em alguns post-its, completar as frases e colocar os post-its nas cartolinas correspondentes. Esta é uma tarefa individual e o mesmo aluno pode dar mais do que uma resposta a cada pergunta. Quando todos os alunos tiverem colado os post-its nas cartolinas, o professor faz perguntas para, em conjunto com a turma, tentar encontrar algumas tendências entre as várias respostas, questionando por exemplo: já tinham pensado sobre o modo como se informam? Olhando para o resultado final, como avaliam a forma como se informam? O professor pode encorajar o debate: A maioria interessa-se por notícias? A maioria informa-se de forma espontânea, consoante o que lhe aparece no mural das diferentes redes sociais? Ou a maioria lê jornais (impressos ou online), ouve as notícias na rádio, vê um jornal televisivo? E em relação aos temas que mais despertam o interesse dos alunos, há pontos em comum? (15’).
Quando a turma tem já um retrato das suas práticas mediáticas, o professor introduz o tema (ver “Descrição” acima), debruçando-se em maior profundidade sobre a importância de se estar informado e acrescentando argumentos que possam ter escapado aos alunos nas respostas que colocaram na cartolina correspondente.
Ao fazê-lo, deve explicar que só se tiverem um olhar crítico sobre as notícias (a forma como são produzidas, por que são produzidas….) podem estar bem-informados.
Na atualidade as notícias são um mundo complexo, devido à grande quantidade de informação disponível, ao facto de qualquer pessoa poder produzi-las e distribuí-las com facilidade, com a ajuda das redes sociais, devido às notícias falsas…
Para aguçar o pensamento crítico dos alunos em relação às notícias, o professor propõe à turma (dividida em 4 grupos), quatro exercícios diferentes, sendo que cada um engloba uma parte de análise/reflexão e uma parte de produção. (10’).
Exercício/Grupo 1: os alunos recebem três notícias publicadas em três jornais diferentes, sobre o mesmo tema. Recebem, ainda, um papel com 3 questões sobre os artigos, às quais devem responder: 1) Quais são as diferenças e as semelhanças entre as três notícias? 2) Se o assunto é o mesmo, porque são diferentes? 3) O que aprenderam com este exercício que vos pode ajudar enquanto leitores de jornais?
Relativamente ao exercício de produção, os alunos devem simular a abertura de um jornal televisivo (em vídeo) com três destaques e três reportagens. Estes três temas são escolhidos a partir de uma lista de notícias (como uma agenda jornalística de que devem constar pelo menos seis assuntos). Os alunos têm de escolher a ordem pela qual as notícias vão ser dadas, o tempo reservado a cada uma, compreendendo assim que aquilo que veem, enquanto telespectadores, é sempre o resultado de uma escolha feita pelos editores.
Exercício/Grupo 2: Os alunos recebem um conjunto de artigos e a tabela da EAVI que identifica 10 tipos de notícias enganosas (https://eavi.eu/beyond-fake-news-10-types-misleading-info/). O professor pede aos alunos que façam corresponder cada artigo a um tipo de notícia enganosa. Em seguida, o grupo é desafiado a escrever pelo menos 5 dicas que ajudem os leitores de notícias a distinguir entre notícias e notícias falsas.
Exercício/Grupo 3: Os alunos recebem um conjunto de notícias. Todas elas são notícias falsas e a sua missão é descobrir quais as motivações que estão na origem de cada notícia (os artigos escolhidos devem ter diferentes motivações: de poder, políticas, económicas, satíricas, vingança, bullying…). O exercício seguinte consiste em criarem uma notícia falsa num dos muitos sites que existem para esse efeito na Internet (como o http://www.cnoticias.net). O grupo tem, depois, de justificar (por escrito, gravando um podcast ou um vídeo) porque é que o artigo é falso e explicar de que forma uma pessoa que se deparasse com o artigo poderia descobrir que estava perante uma notícia enganosa.
Exercício/Grupo 4: Os alunos são confrontados com a seguinte situação: “Imaginem que têm de fazer um trabalho escolar sobre um hobbie (YouTube, videojogos, fan fiction, desporto…). Escolham apenas um e identifiquem 4 fontes de informação online que poderiam usar para realizar o vosso trabalho, justificando a escolha e explicando como se pode avaliar a fiabilidade de uma fonte de informação”.
Para a componente de produção, o grupo deve escrever, gravar um podcast ou fazer um video (como se fossem youtubers, por exemplo) com pelo menos 5 dicas para pesquisar e avaliar fontes de informação online. (35’).
Discussão – 55’
Cada grupo deve escolher um porta-voz, que será responsável por sintetizar à turma o exercício que lhe foi proposto e apresentar a parte de produção realizada.
A avaliação é feita em simultâneo com a discussão. O professor deve corrigir, fazer comentários e estimular o pensamento dos alunos a seguir à apresentação do trabalho de cada um dos grupos. Se achar conveniente, pode ainda apresentar um PowerPoint com os pontos-chave para a resolução de cada exercício, para os alunos poderem avaliar melhor o trabalho que realizaram.
Referencial de Educação para os Media, S. Pereira et al., DGE, 2014 (http://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/30320)
Artigo: “Stanford Study finds most students vulnerable to fake news” (https://goo.gl/EtT7eN)
Vídeo TED-Ed: “How to choose your news” (https://ed.ted.com/lessons/how-to-choose-your-news-damon-brown)
Exemplos de sites de fact-checking: https://www.snopes.com/ o http://www.politifact.com/
Exemplo de um site falso que pode enganar facilmente os internautas: http://zapatopi.net/treeoctopus/links.html
Site do Common Sense Media: What’s media literacy and why is it important?: https://goo.gl/N2HLv3
Site do Center for News Literacy: https://www.ifla.org/publications/node/11174
Center for Media Literacy Five Key Questions: http://www.medialit.org/sites/default/files/14A_CCKQposter.pdf
Sara Pereira . Universidade do Minho (Portugal), sara.pereira@ics.uminho.pt
Joana Fillol. Universidade do Minho (Portugal), joanafillol@gmail.com
Pedro Moura. Universidade do Minho (Portugal), pedromourarsp@gmail.com
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Comentários
laneprimo - 04/26/2021 - 22:47